quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Instalando o WPS Office no Linux


Neste tutorial mostrarei como instalar o WPS Office em qualquer distro Linux que não utiliza pacotes em formato .deb ou .rpm como padrão do sistema, bastando escolher o formato de pacote .tar.xz de acordo com a sua arquitetura de sistema.
O pacote .tar.xz é binário e não precisa compilar e os executáveis roda direto a onde foi descompactado o pacote, mas caso haver dependências, deverão ser solucionadas manualmente por você.


Descompactar o pacote .tar.xz em /opt

$ sudo tar -xvf wps-office_10.1.0.5672-a21_x86.tar.xz -C /opt/


Agora, execute o WPS Office antes de prosseguir adiante, para ver se o mesmo funcionará e caso haver dependências que impeça a execução do comando abaixo elas deverão ser solucionadas por você manualmente.

$ cd /opt/wps-office_10.1.0.5672~a21_x86/office6/
$ ./wps

Supondo que o comando wps foi executado sem erros de dependências abrindo o processador de texto, podemos partir para as próximas etapas.


Traduzindo os menus e avisos para português do Brasil

Devemos baixar o idioma português do Brasil para traduzir os nomes do menus e caixas de avisos do WPS Office.

Clique no botão A na barra de títulos da janela, próximo aos botões da janela para Alterar o idioma.
Desmarque a opção Follow system locale (Siga localidade do sistema), selecione Portuguese (Brazil) e clique em OK, onde será baixado da internet a linguagem selecionada no seu HOME no diretório de configurações oculto do WPS Office, devendo reiniciar o mesmo para ter efeito.



Instalando o dicionário português do Brasil


Descompacte o pacote pt_BR.zip e faça:


$ sudo cp -vr pt_BR/ /opt/wps-office_10.1.0.5672~a21_x86/office6/dicts/

'
Agora devemos definir para o WPS Office. utilizar o dicionário pt_BR como padrão.

Acesse Guia Revisar em Corretor Ortográfico, selecione Definir idioma, Selecione Português (Brasil) e clique em Definir padrão.

Pronto, agora a verificação ortográfica será feita sempre em português do Brasil.





Fazendo os links para os executáveis do WPS Office

$ cd /usr/bin

$ sudo ln -s /opt/wps-office_10.1.0.5672~a21_x86/office6/et    (planilha)
$ sudo ln -s /opt/wps-office_10.1.0.5672~a21_x86/office6/wps ( texto)
$ sudo ln -s /opt/wps-office_10.1.0.5672~a21_x86/office6/wpp (apresentação)


Criando os atalhos no menu

Coloque os atalhos de cada item no seu menu de programa utilizando o MenuLibre ou usando outro editor de menus da sua interface gráfica.

Outra forma de adicionar os atalhos no menu de programa para ambientes gráficos que utilizam arquivos .desktop na formação dos menus é copiar todos os arquivos .desktop que estão em
/opt/wps-office_10.1.0.5672~a21_x86/resource/applications/ para /usr/share/applications.

Edite os arquivos .desktop copiados e altere o nome do arquivo do ícone atual na linha Icon colocando o caminho completo com o nome dos ícones para o atalho de menu de acordo com o tipo da aplicação.

Exemplo para o arquivo wps-office-wps.desktop na linha Icon=  
Cole o caminho completo:
/opt/wps-office_10.1.0.5672~a21_x86/resource/icons/hicolor/32x32/mimetypes/wps-office-doc.png

Screenshort das janelas das aplicações do WPS Office




quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Fazendo mala direta no Abiword

Para criamos uma mala direta devemos ter um arquivo de dados exportado para formato .csv vindo de qualquer aplicação ou podemos criar uma no Gnumeric, conforme o exemplo abaixo.

A primeira linha sera usada sempre como campo para os registros da base de dados.

No Gnumeric após criada a base de dados, ir no menu Dados/Exportar Dados/Exportar para CSV, em Tipo de arquivo deixe selecionado Arquivo separado por vírgula e escolha onde salvar e digite um nome para o mesmo como dados1.csv ou aceite o nome padrão e clique em Gravar.




Ao ser exibido a janela acima, clique em Sim.

Pronto, feche o Gnumeric, sem precisar salvar o documento atual caso não deseja fazer uso desta base de dados permanentemente, pois o que nos interessa aqui é a base de dados exportada para CSV.


No Abiword

Execute o processador de texto Abiword, crie os dizeres da sua mala direta, personalize com cores de texto e figura depois você insere todos os campos desejados e mova os mesmos para a posição desejada no documento usando as teclas TAB, barra de espaço e Enter no documento e escreva a descrição do campo ao lado do nome do campo.


Inserido os campos da mala direta 

No Abiword, acesse Inserir/Campo de Mala direta clique no botão Abrir Arquivo e localize o arquivo CSV e clique em Abrir, depois alterne para a janela "Inserir Campo de Mala Direta", selecione o campo desejado e clique em Inserir.


Exemplo abaixo pronto da montagem da mala direta




Pronto, agora salve o documento com o nome de evento.abw

Mesclando todos os registros da mala direta

Agora vamos mesclar todos os registros do arquivo dados1.cvs, para o formato pdf no Abiword executando o comando abaixo em uma janela de terminal.

$ abiword -m dados1.csv --to=pdf --to=evento.pdf evento.abw 

Onde:
dados1.csv = base de dados existente ou criada no gnumeric e exportada no formato .csv
--to=pdf = para exportar para o formato pdf
--to=evento.pdf = no segundo --to vai o nome desejado para o arquivo de saída sendo um arquivo por registro, gerando nomes com sulfixo numérico como evento.pdf-0, evento.pdf-1, evento.pdf-2 e assim sucessivamente.
 evento.abw = nome do documento do abiword que contém os campos inseridos e o seu texto.

Unindo todos os registros em apenas um único arquivo pdf

$ gs -q -dNOPAUSE -dBATCH -sDEVICE=pdfwrite
-sOutputFile=eventounidos.pdf -f evento.pdf-*

Todos os arquivos que iniciam sempre com o prefixo de evento.pdf- foram unidos em um arquivo somente de nome eventounidos.pdf, bastando agora abrir o arquivo eventounidos.pdf com seu visualizador de pdf e imprimir toda a mala direta.

Na tela abaixo temos um conteúdo de um registro mesclado no formato pdf.


Procedimento feito usando o Abiword versão 3.0.1

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Configurando um servidor ntp no Linux

Em um caso especifico tive que configurar um servidor ntp no meu computador pela primeira vez, pois a hora local sempre estava atrasada duas horas toda vez que desligava o computador pois na bios a hora também estava errada sempre duas ou mais horas pois ela não gravava a hora acertada quando o computador for desligado, já a data estava sempre certa; mesmo trocada a bateria e fazendo um reset da bios não resolveu o problema, sendo  a solução era configurar um servidor ntp para não precisar todo dia acertar a hora manualmente do computador no sistema operacional.

Isto da bios de não gravar a hora, indica que a placa mãe está com um pequeno problema e como todo resto funcionava perfeitamente então resolvi ativar um servidor ntp para corrigir automaticamente o relógio do sistema sem precisar trocar a placa mãe.


Configuração do servidor ntp para acertar automaticamente a hora do computador

Antes de configurar um servidor ntp local, devemos acertar a data e hora correta usando os programas nativos do seu sistema operacional Linux seja pelo comando date ou hwclock em linha de comando ou pelo ícone Data/relógio do seu ambiente gráfico.

Para ter a data e hora correta a utilizar, acesse pelo navegador http://www.horario-brasilia.com/

Notas:
É importante que não haja uma diferença de mais de 10 segundos na hora local quando você for configurar o servidor ntp e ativar o mesmo.

Você pode utilizar os servidores padrão que já vem configurado no arquivo /etc/ntp.conf ou adicione outros comentando os atuais e de preferencia que seja 4 servidores para maior precisão, assim se um não estiver disponível passa-se automaticamente para o próximo.

De preferencia procure utilizar servidores ntp mais perto da sua zona horaria, pois será mais preciso e mais rápido a atualização da hora.

Exemplo, no Salix 14.1 eu uso o servidores pool.ntp.org que já vem configurado por padrão, e ao iniciar o sistema, a hora atualizada somente era exibida ao entrar no Desktop após o login gráfico. Já no Slackware 14.2 em outra partição no mesmo computador a hora já estava atualizada antes da tela de login gráfico do sistema, sendo bem mais rápido com o uso dos servidores south-america.pool.ntp.org.

Teste feito varias vezes em um dia tal entrando primeiramente no Salix e noutro dia entrando primeiramente no Slackware.

Editar o arquivo /etc/ntp.conf

Na abaixo sessão # NTP server (list one or more) to synchronize with:
coloque os servidores ntp desejado, sendo os que eu coloque foi para a América do Sul.

server 0.south-america.pool.ntp.org
server 1.south-america.pool.ntp.org
server 2.south-america.pool.ntp.org
server 3.south-america.pool.ntp.org

Após isto acesse o diretório /etc/rc.d e coloque permissão x no arquivo rc.ntpd.
Agora devemos executar o servidor local

$ sudo ./rc.ntpd start

Pronto no próximo boot o servidor será executado automaticamente.

Notas:

No site http://ntp.br/

você pode consultar a hora certa do servidor ntp da internet e a hora local do relógio do seu computador, sendo os dois exibidos na mesma página web, e se ambos tiverem o mesmo horário e fechar com a hora do seu relógio do painel, o servidor local do seu micro está configurado corretamente.

O servidor ntp usa a porta 123 portanto a mesma deve está aberta no seu firewall.

Verificar as trocas de pacotes NTP na interface eth0  do sevidor NTP


$ sudo tcpdump -i eth0 -n port 123
Senha: 
tcpdump: verbose output suppressed, use -v or -vv for full protocol decode
listening on eth0, link-type EN10MB (Ethernet), capture size 262144 bytes
21:44:40.417088 IP 192.168.1.103.123 > 200.89.75.198.123: NTPv4, Client, length 48
21:44:40.669082 IP 200.89.75.198.123 > 192.168.1.103.123: NTPv4, Server, length 48
21:44:50.417089 IP 192.168.1.103.123 > 190.15.128.72.123: NTPv4, Client, length 48
21:44:50.652001 IP 190.15.128.72.123 > 192.168.1.103.123: NTPv4, Server, length 48
21:45:49.417093 IP 192.168.1.103.123 > 201.49.148.135.123: NTPv4, Client, length 48
21:45:49.468856 IP 201.49.148.135.123 > 192.168.1.103.123: NTPv4, Server, length 48


Consultar o servidor NTP local

$ ntpq -c rl
associd=0 status=0615 leap_none, sync_ntp, 1 event, clock_sync,
version="ntpd 4.2.8p8@1.3265-o Fri Jun  3 23:24:47 UTC 2016 (1)",
processor="i686", system="Linux/4.4.14-smp", leap=00, stratum=3,
precision=-21, rootdelay=64.575, rootdisp=11.965, refid=201.49.148.135,
reftime=db41323e.77e7f8a7  Mon, Jul 25 2016 21:50:06.468,
clock=db413282.9eebe906  Mon, Jul 25 2016 21:51:14.620, peer=62342, tc=7, (esta  linha contém a hora local do seu computador)
mintc=3, offset=2.823101, frequency=59.069, sys_jitter=1.400661,
clk_jitter=15.391, clk_wander=0.498


Com isto não mais preciso acertar manualmente a hora no sistema toda vez que ligar o computador, que o servidor ntp acerta ela automaticamente para mim quando você se conecta a internet.


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Utilizando Google Drive com o cliente rclone no Linux




Rclone é um cliente cloud com suporte para vários serviços de armazenamento em nuvens pra fazer a sincronização de arquivos, incluindo o Google Drive sendo o seu uso totalmente em linha de comando e sem sincronização automática de arquivos, devendo ser feita sempre manualmente.
Para quem já usou ou ainda usa o rsync em linha de comandos para sincronizar arquivos do computador para uma outra partição, outro computador na sua rede local ou um HD externo usb para backup de arquivos não terá nenhuma dificuldade em usar o rclone pois a forma de funcionamento do mesmo é idêntica apenas as opções são diferentes e mesmo pra que nunca usou nenhum dos dois seu funcionamento e bem simples, no qual explicarei como instalar e utilizar o mesmo.

Acesse a página oficial: http://rclone.org/ e baixe o pacote correto de acordo com seu sistema operacional e arquitetura, no meu caso instalarei para S.O. Linux de 32 bits.

http://downloads.rclone.org/rclone-v1.33-linux-386.zip

Acesse o diretório onde foi baixado o pacote zip e faça:

$ 7z x rclone-v1.33-linux-386.zip
$ cd rclone-v1.33-linux-386/

$ sudo cp rclone /usr/sbin/
$ sudo mkdir -p /usr/local/share/man/man1
$ sudo cp rclone.1 /usr/local/share/man/man1/

Para ajuda:
$ man rclone
$ rclone

Configurando o rclone

$ rclone config
2016/10/12 14:15:57 Failed to load config file "/home/nando/.rclone.conf" - using defaults: open /home/nando/.rclone.conf: no such file or directory
No remotes found - make a new one
n) New remote
s) Set configuration password
q) Quit config
n/s/q> 

Tecle n (para iniciar uma nova configuração e digite um nome de sua preferencia para o cloud, no meu caso digitei mydrive)

Nota: 
Use um nome curto, sem espaços e acentos no nome do cloud pois você sempre vará uso dele em todos os comandos do rclone.

name> mydrive
Type of storage to configure.
Choose a number from below, or type in your own value
 1 / Amazon Drive
   \ "amazon cloud drive"
 2 / Amazon S3 (also Dreamhost, Ceph, Minio)
   \ "s3"
 3 / Backblaze B2
   \ "b2"
 4 / Dropbox
   \ "dropbox"
 5 / Encrypt/Decrypt a remote
   \ "crypt"
 6 / Google Cloud Storage (this is not Google Drive)
   \ "google cloud storage"
 7 / Google Drive
   \ "drive"
 8 / Hubic
   \ "hubic"
 9 / Local Disk
   \ "local"
10 / Microsoft OneDrive
   \ "onedrive"
11 / Openstack Swift (Rackspace Cloud Files, Memset Memstore, OVH)
   \ "swift"
12 / Yandex Disk
   \ "yandex"
Storage> 7     (Aqui você tecla 7 para usar o Google Drive)


Google Application Client Id - leave blank normally.
client_id> 

Google Application Client Id - leave blank normally.
client_id
Google Application Client Secret - leave blank normally.
client_secret
Remote config
Use auto config?
 * Say Y if not sure
 * Say N if you are working on a remote or headless machine or Y didn't work
y) Yes
n) No
y/n> 

 Nos itens client_id e client_secret, deixe ambos em branco, e pressione Enter.

No remote config, digite "n" para ser apresentado o link que gerará o código de ativação do Google Drive

If your browser doesn't open automatically go to the following link: https://accounts.google.com/o/oauth2/auth?xxxxxxxxxx3Aoauth%3A2.0%3Aoob&response_type=code&scope=https%3A%2F%2Fwww.googleapis.com%2Fauth%xxxxxxxxxx--xxxxxxxx3e
Log in and authorize rclone for access
Enter verification code>             ( cole o código do navegador aqui )

Ao teclar n sera aberta automaticamente uma janela do seu navegador padrão para acessar a conta do Google, faça login da sua conta do Google, dê permissão para o rclone acessar a sua conta do Google e copie o código exibido no navegador e cole no local (Enter verification code) indicado na janela de terminal e tecle Enter.

Após colado o código e teclado Enter surgi a tela abaixo:
[mydrive]
client_id = 
client_secret = 
token = {"access_token":"ya29.Ci96A_pv-xxxxxx3Hz7yE9hpjd13222","token_type":"Bearer","refresh_token":"1/rWytr-Jr2xZeaaaaDsrjY7A_C8yVhs","expiry":"2016-10-12T15:24:40.195842222-03:00"}
--------------------

y) Yes this is OK
e) Edit this remote
d) Delete this remote
y/e/d> 

Tecle y e Enter

Current remotes:

Name                 Type
====                 ====
mydrive              drive

e) Edit existing remote
n) New remote
d) Delete remote
s) Set configuration password
q) Quit config
e/n/d/s/q> q

Pronto seu Google Drive foi adicionada ao rclone, tecle q para sair do config.

Sincronizando arquivos com o rclone

Você pode enviar diretamente qualquer pasta de qualquer parte do seu computador para sincronizar, mas o recomendável é criar ou usar sempre a mesma pasta e tudo que for colocado nela será enviado para a nuvem ao fazer a sincronização.

Exemplo:
No meu computador eu usarei sempre a pasta ~/bkp para ser usada para enviar arquivos e pastas para a nuvem, mas nada impede de você sincronizar diretamente /mnt/documentos, /livros, /mnt/sda4/apostilas etc... mas se o fizer não existir o caminho e nem o final do nome dela no destino da nuvem ficando tudo uma bagunça com todos os arquivos dentro dela largados na raiz da do drive, apenas sera criado neste caso todos os subdiretórios que existir a partir do caminho que foi especificado no Google Drive.

Para manter sua nuvem organizada crie no seu computador subdiretórios desejados no diretório (~/bkp) que você utilizará sempre para fazer a sincronização com a nuvem e para dentro dos subdiretórios você copia os arquivos conforme a categoria como exemplos videos, mp3, docs etc.. 


Sincronizando do computador para a nuvem

Você pode fazer de duas maneiras diferentes:

$  rclone sync bkp/  mydrive:/ 

Você usa desta forma se você estiver acima do diretório bkp visualizando o nome do mesmo. 

$ rclone sync /home/nando/bkp/  mydrive:/ 

Para executar a sincronização a partir de qualquer diretório do computador onde você estiver ou para incluir a mesma em um script especificando o caminho completo do diretório padrão utilizado para sincronização.

IMPORTANTE:
Onde mydrive não é um diretório e sim o nome que você atribuiu ao seu Google Drive durante a configuração do rclone, por isto foi mencionado anteriormente para usar um nome curto, sem espaços e acentos.


Notas sobre exclusão de arquivos

Se você excluir os arquivos pelo navegador dentro Google Drive, ao sincronizar a partir do computador com o rclone se estes mesmos arquivos não foi excluído antes do diretório do seu computador, eles serão copiados novamente para  Google Drive, novamente já que eles não existem lá.

No caso abaixo eu tinha excluído 2 arquivos no Google Drive, pelo navegador, ao fazer a sincronização os arquivos excluídos foram novamente copiados para o Google Drive, já que eu não excluir os mesmos da pasta do computador.

$ rclone sync /home/nando/bkp/ mydrive:/
2016/10/12 15:34:23 Google drive root '': Waiting for checks to finish
2016/10/12 15:34:23 Google drive root '': Waiting for transfers to finish
2016/10/12 15:34:26 Waiting for deletions to finish
2016/10/12 15:34:26 
Transferred:   129.367 kBytes (18.327 kBytes/s)
Errors:                    0
Checks:               150
Transferred:            2    (foi enviado 2 arquivos para a nuvem)
Elapsed time:         7s

Agora se você excluir arquivos do seu computador, os mesmos arquivos que existir no Google Drive serão automaticamente excluídos da nuvem ao fazer a sincronização usando o comando abaixo.

$ rclone sync /home/nando/bkp/ mydrive:/
2016/10/12 15:40:23 Google drive root '': Waiting for checks to finish
2016/10/12 15:40:23 Google drive root '': Waiting for transfers to finish
2016/10/12 15:40:23 Waiting for deletions to finish
2016/10/12 15:40:24 
Transferred:            0 Bytes (0 Bytes/s)
Errors:                     0
Checks:               152
Transferred:            0  (não foi enviado para a nuvem nenhum arquivo, fica 0)
Elapsed time:        4.9s

No exemplo acima eu excluir 2 arquivos do computador, ao fazer a sincronização os mesmo arquivos que correspondia ao que estavam no computador  antes foi excluído da nuvem também.

Nota:
Caso queira fazer um acompanhamento mais detalhado use o flag -v antes da opção sync onde será exibido os nomes de todos os arquivos e diretórios com data e hora da sincronização dos mesmos e utilize um arquivo de log usando na forma abaixo:

$  rclone -v sync /home/nando/bkp/ mydrive:/ --log-file=/home/nando/rclone.log

No arquivo de log:
Os diretórios e arquivos deletados terá após os nomes deles:  Deleted
Os diretórios e arquivos que foram enviados pra a nuvem terá após os nomes deles:  Copied (new)
Arquivos de mesmo nome que foram substituídos por uma nova versão: Copied (replaced existing)

O arquivo de log nunca é sobre-gravado, sendo todo nova sincronização adicionada ao final da última sincronização.

Para facilitar as coisas vamos criar o script rcloneup com permissão 755 do chmod e salvo em /usr/loca/bin com o conteúdo abaixo:

echo "Sincronizando do computador para a nuvem - subir"
echo "*** Sincronizando do computador para a nuvem - subir ***" >> /home/nando/rclone.log
rclone sync /home/nando/bkp/  mydrive:/ --log-file=/home/nando/rclone.log
echo ==================================== >> /home/nando/rclone.log


Sincronizado da nuvem para o computador

Para sincronizar da nuvem para o computador local,  basta inverter os parâmetros anteriores:


$ rclone sync mydrive:/ /home/nando/bkp
2016/10/12 21:16:12 Local file system at /home/nando/bkp: Waiting for checks to finish
2016/10/12 21:16:12 Local file system at /home/nando/bkp: Waiting for transfers to finish
2016/10/12 21:16:12 Waiting for deletions to finish
2016/10/12 21:16:12 
Transferred:       0 Bytes (0 Bytes/s)
Errors:               0
Checks:          152
Transferred:       0        (zero arquivo baixado)
Elapsed time:     4.1s


Notas sobre exclusão de arquivos e criação de arquivos no Google Drive

Se você excluir 3 arquivos pelo navegador no Google Drive, os mesmos arquivos serão automaticamente excluídos no seu computador local ao usar o comando acima.

Se você copiar arquivos para o diretório /home/nando/bkp eles não serão enviados para a nuvem com este comando acima, mesmo que eles não existem lá e serão excluídos automaticamente do diretório  /home/nando/bkp.

Se você criar arquivos diretamente no Google Drive pelo navegador, ter feito upload pelo navegador a partir de outro computador, os arquivos que não existir no seu diretório padrão de sincronização                  (/home/nando/bkp) serão baixados no mesmo com o comando acima.

Para facilitar o seu uso vamos criar o script  script rclonedown com permissão 755 do chmod e salvo em /usr/loca/bin com o conteúdo abaixo:

echo "Sincronizando da nuvem para o computador - baixar"
echo "*** Sincronizando da nuvem para o computador - baixar ***" >> /home/nando/rclone.log
rclone -v sync mydrive:/ /home/nando/bkp --log-file=/home/nando/rclone.log
echo ==================================== >> /home/nando/rclone.log


Obtendo informações de diretórios e arquivos da nuvem

Lista os nomes de todos os arquivos e seu caminho na nuvem

$ rclone ls  mydrive:/

Usando um filtro para localizar um arquivo específico:

$ rclone ls  mydrive:/ | grep -i mp4
  5876761 pasta1/pasta2/demostração jogando spider.mp4
2016/10/12 15:28:59 
Transferred:      0 Bytes (0 Bytes/s)
Errors:               0
Checks:             0
Transferred:       0
Elapsed time:    3s


No exemplo acima fiz um filtro para listar todos os arquivos mp4.

Listando somente os nomes de diretórios na nuvem

$ rclone lsd mydrive:/

Esta opção lista os nomes de todos diretórios e subdiretórios da nuvem.


Obtendo informações de armazenamento na nuvem

$ rclone size mydrive:/
Total objects: 10
Total size: 2.454 MBytes (2573319 Bytes)
2016/10/16 20:30:42 
Transferred:      0 Bytes (0 Bytes/s)
Errors:                 0
Checks:               0
Transferred:         0
Elapsed time:      7s


Este comando exibiu o número total de arquivos que você tem na nuvem do Google Drive e a soma total dos mesmos.
Um detalhe é que os nomes de diretórios não entra na soma total de arquivos (Total objects).
No caso do exemplo acima eu possuo 10 arquivos na nuvem sendo a soma de todos eles juntos 2.454 MBytes.


Checando diferenças entre o diretório utilizado para sincronização e o seu Google Drive

$  rclone check /home/nando/bkp/  mydrive:/ 
2016/10/16 14:24:32 Local file system at /home/nando/bkp: Building file list
2016/10/16 14:24:32 Google drive root '': Building file list
2016/10/16 14:24:35 Google drive root '': 0 files not in Local file system at /home/nando/bkp
2016/10/16 14:24:35 Local file system at /home/nando/bkp: 1 files not in Google drive root ''
2016/10/16 14:24:35 veja: File not in Google drive root ''
2016/10/16 14:24:35 Google drive root '': Waiting for checks to finish
2016/10/16 14:24:35 varias.txt: Sizes differ
2016/10/16 14:24:35 Bikini-Wallpaper-1069.jpg: Sizes differ
2016/10/16 14:24:35 Google drive root '': 3 differences found
2016/10/16 14:24:35 Failed to check: 3 differences found

Onde os arquivos varias.txt e Bikini-Wallpaper-1069.jpg eu editei no diretório padrão /home/nando/bkp/ utilizando para sincronização do rclone sem ter feita ainda a sincronização pelo mesmo com a nuvem.

Onde após o nome do arquivo a palavra Sizes differ diz que existe tamanho diferente de arquivos entre o computador local e a nuvem.

Outras mensagens ao lado do nome do arquivo que podem aparecer quando haver diferenças entre o computador e a nuvem

Duplicate file detected = existe arquivos duplicados na nuvem mas não no seu computador local.
Google drive root '': 2 files not in Local file system at /home/nando/bkp = existe 2 arquivos na nuvem mas não existe seu computador local.
aula/Bikini9.jpg: File not in Local file system at /home/nando/bkp = não existe o arquivo aula/Bikini9.jpg no seu computador em /home/nando/bkp/aula mas existe na nuvem em /aula.

Estas diferenças também serão somadas nas 2 últimas linhas de saída da opção check.



Agendando a sincronização do rclone

Para que você não se esqueça de fazer a sincronização de arquivos do computador para a nuvem, podemos colocar o rclone no seu contrab de usuário e especificar o intervalo de tempo que o mesmo será executado automaticamente.
No exemplo abaixo utilizarei o script rcloneup criado anteriormente e que também gera o arquivo de log para podemos monitorar o que subiu pra nuvem, foi deletado ou alterado com um intervalo de tempo a cada 15 minutos, mas você pode configurar o tempo de sua preferencia como a cada 5 minutos todos os dias.

$ crontab -e
00-59/15 * * * * /usr/local/bin/rcloneup

Pronto, após salvo o arquivo, a cada 15 minutos todos os dias a sincronização do computador para a nuvem será executada.

Atenção:
Dependendo de quantos megabytes você envia para nuvem diariamente, não use um tempo muito pequeno no crontab, pois se o primeiro processo do rclone ainda estiver rodando e entrar um segundo processo do mesmo sem que o primeiro tenha terminado ainda você terá arquivos duplicados no Google Drive dos novos arquivos recém adicionados; além de prejudicar a velocidade da banda larga da sua internet. Se você tem uma boa banda larga e costuma enviar diariamente até 10 MB em arquivos num mesmo espaço de intervalo de tempo, um tempo entre 10 a 15 minutos já está bom, mas o melhor é deixar um pouco mais como 20 ou 30 minutos de intervalo entre uma execução e outra.
Agora se você costuma enviar de 30 MB em diante diariamente o melhor é fazer a sincronização manualmente sem fazer o uso do crontab para evitar estes transtornos, ou configure apenas um horário fixo que melhor atende suas necessidades, como exemplo uma sincronização todos os dias as 18 horas somente.


Nota:
Caso queira por algum motivo especial interromper a sincronização ativada pelo crontab execute o comando abaixo:

$  killall rclone